O PPGL informa que o colegiado do programa deliberou sobre as solicitações de remanejamento de vaga e decidiu por:

Aprovar as solicitações das requerentes: ALDILENE LOPES DE MORAIS, MERISSA FERREIRA RIBEIRO, FELIPE GOMES BASTOS, ALESSANDRA SANTOS CHAGAS, SILVIA DA CONCEIÇÃO S. DE CASTRO, GISELE DOS SANTOS MELO, ANA PAULA DO N. GARCIA, ALICE LISBOA MACIEL, ROSEANE PEREIRA CORDOVIL, LORENA NAZARÉ CASTRO DA SILVA.

Indeferir as solicitações das requerentes: ROSIANE BORGES SANTOS, BRUNA DA COSTA LUZ.

O Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL/UFPA) tem o prazer de informar que já está disponível para apreciação do público a 67ª edição da Moara - Revista Eletrônica do PPGL/UFPA. Esta edição tem como título "Discurso, gramática e cognição", referente à área de Estudos Linguísticos.

Convidamos os leitores a explorar os artigos e contribuições dos pesquisadores, que refletem a diversidade e a riqueza da pesquisa acadêmica. 

Confira a publicação completa AQUI.

Aos alunos bolsistas do PPGL,

Informamos que, em conformidade com o calendário acadêmico do programa, o período para entrega dos relatórios dos bolsistas é de 24 a 31 de janeiro de 2025. A entrega deverá ser feita exclusivamente pelo sistema SAGITTA. A comissão de bolsas receberá e avaliará os relatórios, encaminhando posteriormente os pareceres avaliativos.

A Comissão de Bolsas do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA), torna público o edital de seleção para bolsista de pós-doutorado, no contexto do Programa Institucional de Pós-doutorado (PIPD) da CAPES, em conformidade com a portaria CAPES número 282, de 4 de setembro de 2024.

Clique AQUI para conferir o edital.

Márcia Kambeba, filha do Rio Solimões, nascida entre os Tikuna em Belém do Solimões, município de Tabatinga-AM, é pertencente à etnia Omágua/Kambeba, escreveu hoje um capítulo histórico para a academia e para os povos originários.

Nesta manhã, 19 de dezembro, no auditório do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFPA), ela defendeu sua tese: “Os Omágua/Kambeba: Narrativas, Dispositivo Colonial e Territorialidades na Pan-Amazônia Contemporânea”. Com a banca composta por grandes nomes, como a orientadora Dra. Ivania Neves (UFPA), Dra. Maria Tavares (UFPA), Dra. Ananda Machado (UFRR), Dra. Luisa Olschewski (Universidade Nacional Mayor de San Marcos, Peru), Dra. Isabel Leal (UFPA), Dr. Gersen Baniwa (UnB) examinador indígena e Dr. José Bessa Freire (UFPA), Márcia reafirmou a potência da intelectualidade indígena ocupando a academia como uma força contra colonial, reflorestando as mentes e corações.

A defesa foi mais que um rito acadêmico – foi um ritual de ancestralidade viva. O encontro iniciou com cantos Guarani e Tembé, defumação e a partilha da bebida sagrada de mandioca, conduzidos pela APYEUFPA, associação de estudantes indígenas da UFPA. Uma celebração que ecoou as memórias e os cantos dos antepassados, unindo parentes, estudantes, professores e amigos em um momento de reencontro espiritual e cultural. Em sua tese, Márcia nos guia pelo “caminho do Kuara Açu” como recurso metodológico para o retorno às casas ancestrais, costurando as narrativas de reconexão, resistência e pertencimento. Ela nos mostra como os Omágua/Kambeba, fragmentados por fronteiras e o governo da língua, encontram força na oralidade, nas cosmopercepções e nas poéticas do bem viver sendo embalados pelas tramas das maqueiras das avós e suas histórias ancestrais que preservam línguas, cultura e existência, conduzindo um caminho de retomada e união entre os povos Omágua/kambeba do Brasil e Peru. A defesa é um marco de resistência: uma materialização da pedagogia da retomada, onde a reconexão com a memória e o território se faz o primeiro passo para firmar o retorno ao lar ancestral. Márcia borda em gotas de águas e palavras, a força do eterno retorno indígena – rios de memórias que fluem como cantos, conectando passado, presente e futuro.

Línguas indígenas são rios de oralidades, escritas vivas que cantam a ancestralidade pelas águas da criação. Esse momento é uma celebração de luta, pertencimento e territorialização dos saberes originários no coração da academia. Um marco de que estamos remexendo as memórias das grandes avós, nutrindo as raízes e semeando o amanhã. Geógrafa, escritora reconhecida com diversas obras publicadas e referência na literatura indígena brasileira, Márcia Kambeba agora é doutora em Letras pela UFPA, reafirmando o protagonismo dos povos originários na academia.

Parabéns, Márcia Kambeba! Sua conquista é inspiração, força e renascimento para todos nós povos indígenas

Texto: Danielle Souza/Iacy Anambé


GRATIDÃO EM PALAVRAS E SENTIMENTOS

Hoje, para alcançar a defesa da minha tese pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), com o tema "Os Omágua/Kambeba: Narrativas, Oralidades e Territorialidades na Pan-Amazônia Contemporânea", transbordo de gratidão. Este é um momento de imensa realização pessoal e coletiva, fruto de um percurso que atravessou fronteiras físicas e emocionais, entre o Brasil e o Peru, e mergulhou nas águas profundas das narrativas de meu povo. Minha gratidão se volta, primeiramente, à minha família, aos amigos e a todos que estiveram ao meu lado nessa caminhada. De forma especial, agradeço à minha orientadora, professora Dra. Ivânia dos Santos Neves, por acreditar na minha capacidade de trilhar essa jornada acadêmica e por confiar em mim para desenvolver uma pesquisa que carrega tanto do meu ser e da minha ancestralidade. Aos Omágua, do Brasil e do Peru, que abriram suas histórias, suas vozes e seus corações para este trabalho, meu mais profundo agradecimento por confiarem em mim para levar suas narrativas ao mundo. Este percurso foi uma experiência verdadeira nas águas da emoção e da memória. agradecimento aos encantados e à espiritualidade que guiaram cada passo, iluminando o caminho com força e sabedoria. Foi uma espiritualidade indígena, sempre presente, que me deu fôlego para continuar mesmo nos momentos de maior desafio. Minha avó, com suas memórias contadas na maqueira de tucum, está presente em cada palavra desta tese. Sua sabedoria transmitida ao longo das gerações ressoou como guia e inspiração. Aos Tikuna, pelo acolhimento em seu território e pela generosidade em compartilhar sua cultura e vivências, meu profundo respeito e reconhecimento. Este é um momento de reafirmação de que precisamos adentrar os espaços acadêmicos com pesquisas que reflitam a nossa forma indígena de ser e de pensar o mundo. É necessário que nossa voz, transmissões de oralidade, espiritualidade e territorialidade, ecoe como parte fundamental do conhecimento produzido. A todos que fizeram parte dessa jornada, meu eterno agradecimento. Que esta tese não seja apenas um marco pessoal, mas também um sopro de vida e continuidade para as narrativas dos povos indígenas na academia e no mundo.

- Márcia Kambeba

 

O Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL/UFPA) tem o prazer de informar que já está disponível para apreciação do público a 66ª edição da Moara - Revista Eletrônica do PPGL/UFPA. Esta edição tem como título "A Literatura produzida por mulheres no Brasil ontem e hoje", referente à área de Estudos Literários.

Convidamos os leitores a explorar os artigos e contribuições dos pesquisadores, que refletem a diversidade e a riqueza da pesquisa acadêmica. 

Confira a publicação completa AQUI.

O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) convida toda a comunidade acadêmica a participar do IV COMEL – Colóquio de Mulheres Escritoras de Letras, que será realizado nos dias 13, 14 e 16 de dezembro. Este ano, o COMEL homenageia Carolina Maria de Jesus.

O evento tem como objetivo proporcionar a discentes, docentes de graduação e pós-graduação, bem como a demais pesquisadores da área, momentos de debate, reflexão e investigação sobre questões relacionadas à pauta feminina — um tema vasto e essencial para combater a perpetuação da subjugação das mulheres pelo sistema.

Nesse contexto, o IV COMEL contará com mesas-redondas que destacam a escrita sobre mulheres, além de oficinas e atividades culturais.

Créditos: Grupo de Pesquisa “Avante, Mulheres!” | @avantemulheres_


Clique AQUI para acessar a programação do evento.

Local: Auditório Alberto Móia Mocbel - UFPA Campus Cametá.